Neste final de ano faltou um abraço

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Neste final de ano faltou um abraço

“O melhor lugar do mundoÉ dentro de um abraço Pro mais velho ou pro mais novo Pra alguém apaixonado, alguém medrosoO melhor lugar do mundo É dentro de um abraço Pro solitário ou pro carente, eh Dentro de um abraço é sempre quente, quente”

Essa linda composição, de Marcio Tulio Marques Buzelin e outros, interpretada pelo Jota Quest, retrata um pouco do quanto estamos carentes neste final de ano. Nessas datas, até 2019, era tradição reunir os amigos e familiares no Natal e na virada de ano e confraternizar. Agradecer o ano que se encerrava e, com expectativa, aguardar pelo alvorecer de um novo ano.

Todos se abraçavam carinhosa e festivamente em um evento que só representava alegria e esperança. Esperança de um ano melhor do que se encerrara. Este ano, como nem um outro, foi diferente no Natal e será diferente na entrada do ano novo. Os abraços esperados e desejados não vieram. Resumiram-se às pessoas da casa e, na melhor nas hipóteses, em contato remoto via WhatsApp de grupos ou live.

Uma inovação de que não estávamos acostumados, mas foi a forma de tentar substituir o carinho de sempre e pessoalmente com o calor de um abraço fraterno que aproxima a todos e conforta os mais velhos, os mais novos, os apaixonados, os carentes e medrosos, como diz a bela canção.

Resta a esperança de que tenha sido a última vez que tenhamos de passar por isso e que nas próximas festas de Natal e ano novo retornem, por um instante pelo menos, o melhor lugar do mundo dentro de um abraço. Entretanto, dúvidas invadem nosso pensamento. Não sabemos, por exemplo, se a vacina virá, e vindo, se vai nos livrar do vírus. Afinal, já falam em mutações que todos desconhecem. Não sabemos, com certeza, quanto à eficácia das várias vacinas que estão sendo propaladas como boas e quantas vezes devem ser aplicadas e de quanto em quanto tempo. Tudo é desconhecido.

Quando todos serão imunizados e como? Falam que no curso de 2021; outros, mais otimistas, até julho. O fato é ninguém sabe ao certo, nem os cientistas que trabalham incansavelmente para resolver essa crise de saúde, sabem com certeza sobre a natureza do vírus, suas mutações e grau de letalidade.

Enquanto não for equacionada essa questão, os cuidados para evitar mais mortes e em números crescentes devem ser redobrados. O distanciamento e a higienização não podem ser negligenciados e temos que superar todas as dificuldades: a solidão, a carência o desespero, tudo para garantir um prolongamento da vida. A ninguém é dado desprezar um dia sequer de vida. Temos o dever/direito de lutar para viver até o último dia possível de sobrevida. Todos morreremos, é certo. Entretanto, abreviar a morte é não saber valorizar o que a natureza, ou Deus, nos deu.

Temos que agradecer, e um ano ou mais com cuidados especiais para prolongar a vida é compensador, apesar do sacrifício. É o mínimo que podemos fazer.

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